Seja no conto de nada na crónica, Maria Ondina Braga conquista o leitor pela verdade dos casos humanos que desvenda e pela poesia da intimidade, projectada nas coisas humildes e quotidianas. A sua arte de escrever combina precisão, cor e a vaguidade da alusão simbólica; percorre uma gama de notações que vai da tolerância mais generosa à denúncia irónica do egoísmo e seus disfarces socais. Com uma sensibilidade vibrátil é um raro domínio da palavra, dá expressão perturbante às nossas vozes ocultas, ao paradoxo que é viver entre a solidão e o amor, a fluidez do presente e os fantasmas do passado, o alvoroço da esperança e a suspeita de que tudo é inútil, morte antecipada.
Seja no conto de nada na crónica, Maria Ondina Braga conquista o leitor pela verdade dos casos humanos que desvenda e pela poesia da intimidade, projectada nas coisas humildes e quotidianas. A sua arte de escrever combina precisão, cor e a vaguidade da alusão simbólica; percorre uma gama de notações que vai da tolerância mais generosa à denúncia irónica do egoísmo e seus disfarces socais. Com uma sensibilidade vibrátil é um raro domínio da palavra, dá expressão perturbante às nossas vozes ocultas, ao paradoxo que é viver entre a solidão e o amor, a fluidez do presente e os fantasmas do passado, o alvoroço da esperança e a suspeita de que tudo é inútil, morte antecipada.