Em "Do Eu como Princípio da Filosofia", Friedrich Wilhelm Joseph Schelling aprofunda-se na natureza do Eu como fundamento de toda filosofia, estabelecendo um diálogo crítico com as ideias de Immanuel Kant e Baruch Spinoza. Schelling busca superar as limitações que percebe na filosofia kantiana, especialmente a separação rígida entre fenômeno e númeno, e na filosofia de Spinoza, criticando a concepção de uma substância única e imutável que subjaz a toda realidade. Para Schelling, o Eu não é apenas o ponto de partida da filosofia, mas também a síntese da liberdade e da necessidade, do infinito e do finito, integrando os opostos em um sistema dinâmico que antecipa o idealismo absoluto. Ele argumenta que apenas através da atividade criativa do Eu podemos compreender a realidade, incluindo a natureza e a liberdade humana, como manifestações do absoluto. Schelling avança a ideia de uma "harmonia pré-estabelecida" entre moralidade e felicidade, sugerindo que o progresso moral é intrinsecamente ligado à expansão da realidade do Eu. Ao fazê-lo, ele propõe um princípio imanente de harmonia onde liberdade e natureza se identificam, marcando sua contribuição original ao idealismo alemão e ao debate filosófico sobre a relação entre liberdade, moralidade e a estrutura da realidade.
Language
Portuguese
Pages
112
Format
Kindle Edition
Release
February 28, 2024
Do Eu Como Princípio da Filosofia ou Sobre o Incondicional no Conhecimento Humano (Portuguese Edition)
Em "Do Eu como Princípio da Filosofia", Friedrich Wilhelm Joseph Schelling aprofunda-se na natureza do Eu como fundamento de toda filosofia, estabelecendo um diálogo crítico com as ideias de Immanuel Kant e Baruch Spinoza. Schelling busca superar as limitações que percebe na filosofia kantiana, especialmente a separação rígida entre fenômeno e númeno, e na filosofia de Spinoza, criticando a concepção de uma substância única e imutável que subjaz a toda realidade. Para Schelling, o Eu não é apenas o ponto de partida da filosofia, mas também a síntese da liberdade e da necessidade, do infinito e do finito, integrando os opostos em um sistema dinâmico que antecipa o idealismo absoluto. Ele argumenta que apenas através da atividade criativa do Eu podemos compreender a realidade, incluindo a natureza e a liberdade humana, como manifestações do absoluto. Schelling avança a ideia de uma "harmonia pré-estabelecida" entre moralidade e felicidade, sugerindo que o progresso moral é intrinsecamente ligado à expansão da realidade do Eu. Ao fazê-lo, ele propõe um princípio imanente de harmonia onde liberdade e natureza se identificam, marcando sua contribuição original ao idealismo alemão e ao debate filosófico sobre a relação entre liberdade, moralidade e a estrutura da realidade.