Entre 1890 e 1930, Portugal é marcado pela mudança. Por uma aceleração, aparentemente, vertiginosa de acontecimentos políticos que pontuam a sua História: o Ultimatum inglês e a difícil afirmação do Império Colonial; o regicídio e a queda da Monarquia; a implantação da República e a intervenção na Grande Guerra; a ditadura militar e o caminho para o Estado Novo. Mas é, ao mesmo tempo, atravessado pela continuidade. Pela persistência de movimentos de mais longa duração e que acompanham todo o período: o peso do mundo rural e a lenta industrialização; a urbanização crescente e a constante emigração; a persistência das palavras num mundo, cada vez mais, de imagens; e, enfim, pela crise do liberalismo. Na verdade, quando a República cai, abrindo caminho ao Estado Novo, leva com ela todo o sistema liberal e democrático que vigorava há quase um século, abrindo caminho a outro meio século de um sistema autoritário e corporativo.
Entre 1890 e 1930, Portugal é marcado pela mudança. Por uma aceleração, aparentemente, vertiginosa de acontecimentos políticos que pontuam a sua História: o Ultimatum inglês e a difícil afirmação do Império Colonial; o regicídio e a queda da Monarquia; a implantação da República e a intervenção na Grande Guerra; a ditadura militar e o caminho para o Estado Novo. Mas é, ao mesmo tempo, atravessado pela continuidade. Pela persistência de movimentos de mais longa duração e que acompanham todo o período: o peso do mundo rural e a lenta industrialização; a urbanização crescente e a constante emigração; a persistência das palavras num mundo, cada vez mais, de imagens; e, enfim, pela crise do liberalismo. Na verdade, quando a República cai, abrindo caminho ao Estado Novo, leva com ela todo o sistema liberal e democrático que vigorava há quase um século, abrindo caminho a outro meio século de um sistema autoritário e corporativo.