«Ao contrário de Arthur Rimbaud, que escrevera o que havia vivido interiormente, Blaise Cendrars relata o que conhecera exteriormente. Quando se dá o fenómeno inverso, isto é, quando Cendrars escreve, a realidade vem arejada pelo filtro poético, pela transformação da viagem operada no âmago do narrador. A desesperada condição de viver, as máquinas destinadas a ajudar o homem, a vida que rebenta nas coisas, o ruído maravilhoso dos monstros mecânicos em movimento, a ousadia humana, os riscos corridos, as glórias amadas ou desprezadas, a avidez patenteada, o altruísmo exibido, a coragem mostrada e a mesquinhez a que se pode descer envolvem, a todo o momento, a poética de Blaise Cendrars.» [Liberto Cruz]
«Ao contrário de Arthur Rimbaud, que escrevera o que havia vivido interiormente, Blaise Cendrars relata o que conhecera exteriormente. Quando se dá o fenómeno inverso, isto é, quando Cendrars escreve, a realidade vem arejada pelo filtro poético, pela transformação da viagem operada no âmago do narrador. A desesperada condição de viver, as máquinas destinadas a ajudar o homem, a vida que rebenta nas coisas, o ruído maravilhoso dos monstros mecânicos em movimento, a ousadia humana, os riscos corridos, as glórias amadas ou desprezadas, a avidez patenteada, o altruísmo exibido, a coragem mostrada e a mesquinhez a que se pode descer envolvem, a todo o momento, a poética de Blaise Cendrars.» [Liberto Cruz]