Livro publicado por ocasião da exposição «Cécile Bertrand - 25 anos de desenhos», da artista vencedora da 17.ª edição da «Cartoon Xira’2015» e apresentada entre 12 de Março e 8 de Maio de 2016 no Celeiro da Patriarcal, em Vila Franca de Xira.
«Cécile nunca desenhou para ofender, nem para rir de outrem. Fê-lo para, simplesmente, rir e fazer rir. Limpa o ambiente de tensão, ao passo que a ironia o torna tenso. Não é de estranhar: a ironia desenvolve-se face a um adversário com um desígnio bem determinado, ao passo que, como observou Vladimir Jankélévitch, o humor não tem um projeto fixo, nem sistema de referência… O humor é humilde, a ironia é humilhante. Enquanto a ironia tem muita ambição, um cartoon de Cécile é despretensioso. É difícil descodificar o humor sem o perder. «Analisar o humor é como dissecar uma rã», dizia E.B. White, «não interessa muito a ninguém e a rã morre». «O humor», acrescenta ainda Jankélévitch, «não tem qualquer realeza a estabelecer, qualquer trono a recuperar, qualquer título de propriedade a reclamar, não esconde qualquer punhal escondido nas dobras da sua túnica». Sempre foi esta a posição de Cécile Bertrand. Tal como outros proferem as palavras certas, ela tem o objetivo certo. Por tudo isso, Obrigado Cécile.» [Luc de Brabandere]
Livro publicado por ocasião da exposição «Cécile Bertrand - 25 anos de desenhos», da artista vencedora da 17.ª edição da «Cartoon Xira’2015» e apresentada entre 12 de Março e 8 de Maio de 2016 no Celeiro da Patriarcal, em Vila Franca de Xira.
«Cécile nunca desenhou para ofender, nem para rir de outrem. Fê-lo para, simplesmente, rir e fazer rir. Limpa o ambiente de tensão, ao passo que a ironia o torna tenso. Não é de estranhar: a ironia desenvolve-se face a um adversário com um desígnio bem determinado, ao passo que, como observou Vladimir Jankélévitch, o humor não tem um projeto fixo, nem sistema de referência… O humor é humilde, a ironia é humilhante. Enquanto a ironia tem muita ambição, um cartoon de Cécile é despretensioso. É difícil descodificar o humor sem o perder. «Analisar o humor é como dissecar uma rã», dizia E.B. White, «não interessa muito a ninguém e a rã morre». «O humor», acrescenta ainda Jankélévitch, «não tem qualquer realeza a estabelecer, qualquer trono a recuperar, qualquer título de propriedade a reclamar, não esconde qualquer punhal escondido nas dobras da sua túnica». Sempre foi esta a posição de Cécile Bertrand. Tal como outros proferem as palavras certas, ela tem o objetivo certo. Por tudo isso, Obrigado Cécile.» [Luc de Brabandere]