Um homem nu, de tez azul, lança-se em corrida pela Lexington Avenue... Um traficante maneta agenda os seus encontros num hotel lúgubre do Cairo... Um antigo algoz oustachi é capturado num cinema de Belgrado... Uma londrina de formas generosas veste-se displicentemente junto a um cadáver obeso... E uma série de assassínios rituais parecem desenvolver-se, como um jogo sangrento, nos quatro cantos do mundo... Que nexo poderá unir todos estes acontecimentos aparentemente díspares?
O absurdo, a impenetrabilidade, o horror ou a ironia de várias crónicas.
Enki Bilal escolheu presenciá-las. Estar presente por intermédio do seu desenho, no preciso momento em que a lógica quotidiana é de súbito perturbada, se desconjunta e resvala para o improvável. Deixando filtrar o inconsciente das cidades através do seu, fixa alguns momentos perturbadores, fugazes.
Face a estas imagens tão fechadas sobre o seus próprio mistérios quanto o são os crimes passionais e as mais ardilosas burlas, Pierre Christin dispôs-se a narrar o antes, o depois, as derivações e as sombras respectivas. Assumindo o papel do jornalista a quem teria sido dada a oportunidade de colaborar em simultâneo o New York Post, no Al Ahram, no Diário de Notícias ou no Mirror. Cada qual com o seus estilo, a sua apresentação, as suas observações.
Fruto de diversos anos de viagens, de leituras e de divagações, Corações Sangrentos é uma obra tão imprevisível quanto o são as próprias crónicas, cuja eclosão parece sempre hesitar entre a mórbida ironia e o capricho do destino.
Um homem nu, de tez azul, lança-se em corrida pela Lexington Avenue... Um traficante maneta agenda os seus encontros num hotel lúgubre do Cairo... Um antigo algoz oustachi é capturado num cinema de Belgrado... Uma londrina de formas generosas veste-se displicentemente junto a um cadáver obeso... E uma série de assassínios rituais parecem desenvolver-se, como um jogo sangrento, nos quatro cantos do mundo... Que nexo poderá unir todos estes acontecimentos aparentemente díspares?
O absurdo, a impenetrabilidade, o horror ou a ironia de várias crónicas.
Enki Bilal escolheu presenciá-las. Estar presente por intermédio do seu desenho, no preciso momento em que a lógica quotidiana é de súbito perturbada, se desconjunta e resvala para o improvável. Deixando filtrar o inconsciente das cidades através do seu, fixa alguns momentos perturbadores, fugazes.
Face a estas imagens tão fechadas sobre o seus próprio mistérios quanto o são os crimes passionais e as mais ardilosas burlas, Pierre Christin dispôs-se a narrar o antes, o depois, as derivações e as sombras respectivas. Assumindo o papel do jornalista a quem teria sido dada a oportunidade de colaborar em simultâneo o New York Post, no Al Ahram, no Diário de Notícias ou no Mirror. Cada qual com o seus estilo, a sua apresentação, as suas observações.
Fruto de diversos anos de viagens, de leituras e de divagações, Corações Sangrentos é uma obra tão imprevisível quanto o são as próprias crónicas, cuja eclosão parece sempre hesitar entre a mórbida ironia e o capricho do destino.