"Jack Gibbs, figura do elenco de JR e narrador de Ágape, Agonia, dirige-se a nós do seu leito de morte e não é um narrador feliz. O seu corpo atraiçoou-o, e o mundo é uma merda e está dominado por tecnocratas.
E o seu romance — em que está há anos a trabalhar — desfaz-se em pedaços soltos e desconexos.
Resta pouco tempo para voltar a afirmar a mesma coisa de sempre: a tecnologia nunca poderá suplantar a criatividade dos homens. De modo que adeus à pontuação convencional e olá ao livre fluir da consciência e à livre associação de ideias que permitem ao narrador - ao orador, num quase delírio agonizante - invocar tanto Glenn Gould como John Kennedy Toole, Miguel Ângelo e Tolstói, para destilar uma derradeira poção mágica, um tónico para tentar obter o 'ágape': a sensação amorosa de se ser uno com o mundo celebrada pelos primeiros e nada burocráticos escritores cristãos.
Não o consegue, claro. Mas no fracasso de Gibbs reside o triunfo de Gaddis, alertando-nos, do Além, para a invisível mas indubitável música da entropia.
E este pequeno grande livro é isso, na realidade: um tractat derradeiro, uma última vontade e um desejo final de que, pelo menos, tentemos compreender o incompreensível. E de pois veremos o que fazer a esse respeito."
Do prefácio de Rodrigo Fresán
«....o desespero de um homem que tenta lutar contra o caos, explicar a entropia, que sabe que o caos, a entropia e a desordem são, cientificamente, mais fortes, e procura as provas dessa força nos dados que coligiu.»
Público, ípsilon
«Escritor recente de que gostei muito foi o [William] Gaddis. Escreveu só quatro livros. São extraordinários».
António Lobo Antunes
"Jack Gibbs, figura do elenco de JR e narrador de Ágape, Agonia, dirige-se a nós do seu leito de morte e não é um narrador feliz. O seu corpo atraiçoou-o, e o mundo é uma merda e está dominado por tecnocratas.
E o seu romance — em que está há anos a trabalhar — desfaz-se em pedaços soltos e desconexos.
Resta pouco tempo para voltar a afirmar a mesma coisa de sempre: a tecnologia nunca poderá suplantar a criatividade dos homens. De modo que adeus à pontuação convencional e olá ao livre fluir da consciência e à livre associação de ideias que permitem ao narrador - ao orador, num quase delírio agonizante - invocar tanto Glenn Gould como John Kennedy Toole, Miguel Ângelo e Tolstói, para destilar uma derradeira poção mágica, um tónico para tentar obter o 'ágape': a sensação amorosa de se ser uno com o mundo celebrada pelos primeiros e nada burocráticos escritores cristãos.
Não o consegue, claro. Mas no fracasso de Gibbs reside o triunfo de Gaddis, alertando-nos, do Além, para a invisível mas indubitável música da entropia.
E este pequeno grande livro é isso, na realidade: um tractat derradeiro, uma última vontade e um desejo final de que, pelo menos, tentemos compreender o incompreensível. E de pois veremos o que fazer a esse respeito."
Do prefácio de Rodrigo Fresán
«....o desespero de um homem que tenta lutar contra o caos, explicar a entropia, que sabe que o caos, a entropia e a desordem são, cientificamente, mais fortes, e procura as provas dessa força nos dados que coligiu.»
Público, ípsilon
«Escritor recente de que gostei muito foi o [William] Gaddis. Escreveu só quatro livros. São extraordinários».
António Lobo Antunes