Ali estava ela. Por fim, ali estavam as duas.
Alguém a ajudou a levantar-se. A condessa de Sztáray interessou-se, alarmada, pelo seu estado. Uns homens correram atrás de um jovem a que chamavam ladrão. Outros perguntaram à vítima se lhe tinham roubado alguma coisa.
De que ladrão falavam? Não tinha havido nenhum ladrão. Nunca vira a Dama Branca tão perto como agora; porém, como sempre imaginara, era inconfundível. Sentira a sua proximidade, em anteriores ocasiões, em muitas ocasiões anteriores, e recordava-a como uma promessa de morte que nunca era a sua...
A figura de Sissi foi eternizada numa série de melodramas, folhetins e filmes românticos. Mas "Valsa Negra", muito mais próxima da ficção do que de uma biografia ortodoxa, conta a história de Elizabeth da Baviera de um modo ao mesmo tempo terno e distante, utilizando como coro o vasto ritual burocrático da corte mais protocolar do mundo, a mais ordenada e a mais perversa. Das cadências desta valsa mortífera surge a figura misteriosa, contraditória, errante, cruel, desesperada de uma heroína de fim de século, vítima e protagonista da irrefreável corrosão e decadência históricas do Império Austro-Húngaro e de uma corte roída pela intriga, a corrupção e o nepotismo.
Ali estava ela. Por fim, ali estavam as duas.
Alguém a ajudou a levantar-se. A condessa de Sztáray interessou-se, alarmada, pelo seu estado. Uns homens correram atrás de um jovem a que chamavam ladrão. Outros perguntaram à vítima se lhe tinham roubado alguma coisa.
De que ladrão falavam? Não tinha havido nenhum ladrão. Nunca vira a Dama Branca tão perto como agora; porém, como sempre imaginara, era inconfundível. Sentira a sua proximidade, em anteriores ocasiões, em muitas ocasiões anteriores, e recordava-a como uma promessa de morte que nunca era a sua...
A figura de Sissi foi eternizada numa série de melodramas, folhetins e filmes românticos. Mas "Valsa Negra", muito mais próxima da ficção do que de uma biografia ortodoxa, conta a história de Elizabeth da Baviera de um modo ao mesmo tempo terno e distante, utilizando como coro o vasto ritual burocrático da corte mais protocolar do mundo, a mais ordenada e a mais perversa. Das cadências desta valsa mortífera surge a figura misteriosa, contraditória, errante, cruel, desesperada de uma heroína de fim de século, vítima e protagonista da irrefreável corrosão e decadência históricas do Império Austro-Húngaro e de uma corte roída pela intriga, a corrupção e o nepotismo.