Após a subida ao poder de Salazar, em 1932, e o nascimento oficial do Estado Novo com a Constituição de 1933, o ano de 1936 fica marcado pela tomada de medidas importantes por parte do regime: o reforço da polícia política e da censura, a criação da Mocidade Portuguesa e da Legião Portuguesa, e ainda o estreitamento dos laços com o fascismo italiano e o nazismo alemão, contra uma ameaça bolchevista insuflada pela propaganda. O regime não sabe então que durará mais 38 anos. Num filme por si instigado para as comemorações do décimo aniversário da Revolução de 28 de Maio de 1926, intitulado precisamente A Revolução de Maio, o regime chega a fantasiar ansiosamente com a possibilidade de uma revolução subversiva em Portugal. Ao mesmo tempo, olha com esperança para a revolução subversiva de cariz autoritário e ultraconservador do outro lado da fronteira. A Guerra Civil de Espanha seria decisiva para o Estado Novo português. Mas, em 1936, ela estava só a começar e o seu desfecho era ainda imprevisível.
Language
Portuguese
Pages
108
Format
Paperback
Release
January 01, 2019
1936 : o Estado Novo, a Guerra Civil de Espanha e Portugal na Europa de entre-guerras
Após a subida ao poder de Salazar, em 1932, e o nascimento oficial do Estado Novo com a Constituição de 1933, o ano de 1936 fica marcado pela tomada de medidas importantes por parte do regime: o reforço da polícia política e da censura, a criação da Mocidade Portuguesa e da Legião Portuguesa, e ainda o estreitamento dos laços com o fascismo italiano e o nazismo alemão, contra uma ameaça bolchevista insuflada pela propaganda. O regime não sabe então que durará mais 38 anos. Num filme por si instigado para as comemorações do décimo aniversário da Revolução de 28 de Maio de 1926, intitulado precisamente A Revolução de Maio, o regime chega a fantasiar ansiosamente com a possibilidade de uma revolução subversiva em Portugal. Ao mesmo tempo, olha com esperança para a revolução subversiva de cariz autoritário e ultraconservador do outro lado da fronteira. A Guerra Civil de Espanha seria decisiva para o Estado Novo português. Mas, em 1936, ela estava só a começar e o seu desfecho era ainda imprevisível.