“Não tem o meu corpo, ó Alcibíades, o encanto voluptuoso da branca imagem eterna de Afrodite, nem os meus grossos dedos tão bem deliciarão as tuas carnes musculosas, como Crítias o terá feito no Himeneu, suponho, sob a conhecida oliveira de azeitonas claras como favos de mel. Eu sei de tudo isto, Alcibíades - eu reconheceria a especial protuberância pregueada do meu ventre mesmo que em corpo alheio, de tal modo é ela singular. Há nos corpos, amigo que faço ruborizar, algo de misto do mundo que nos inclina espontaneamente a dizer que quem um conhece todos fica a conhecer.”
Language
Portuguese
Pages
64
Format
Paperback
Release
January 01, 1987
ISBN 13
9789728661595
Carta de Sócrates a Alcibíades Seu Vergonhoso Amante
“Não tem o meu corpo, ó Alcibíades, o encanto voluptuoso da branca imagem eterna de Afrodite, nem os meus grossos dedos tão bem deliciarão as tuas carnes musculosas, como Crítias o terá feito no Himeneu, suponho, sob a conhecida oliveira de azeitonas claras como favos de mel. Eu sei de tudo isto, Alcibíades - eu reconheceria a especial protuberância pregueada do meu ventre mesmo que em corpo alheio, de tal modo é ela singular. Há nos corpos, amigo que faço ruborizar, algo de misto do mundo que nos inclina espontaneamente a dizer que quem um conhece todos fica a conhecer.”