Repensamos os fundamentos da actual civilização à luz de uma consciência e de uma ética globais e de um novo paradigma cultural e civilizacional. Fazemos a crítica de um ciclo antropocêntrico e especista, em que o ser humano se imaginou o centro e o dono do planeta e que, na sua deriva produtivista-consumista, se aproxima de uma crise terminal: pelo esgotamento dos recursos naturais e dos combustíveis fósseis, pela destruição da biodiversidade e da diversidade cultural, pela crescente injustiça económica e social, pelo galopante mal-estar espiritual e existencial e pelo avolumar do sofrimento gerado na comunidade dos seres vivos, humanos e não-humanos. Defendemos que a desconsideração e instrumentalização do outro, humano, animal ou natureza, dê lugar a uma cultura do cuidado e do empenho no bem comum a todos os seres vivos, aos ecossistemas e ao planeta, como um todo inseparável. Estamos convictos de que a suprema potencialidade do ser humano só se realiza na realização desse bem comum a tudo e todos, mediante o alargamento da noção bíblica de “próximo” - “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” - a todos os seres dotados de consciência, sensibilidade e vida, como humanos, animais e a seu modo as plantas, ou viventes e existentes, como a terra e o céu, as montanhas, os rios e os mares. O meu próximo é todo aquele e tudo aquilo de quem eu for capaz de me aproximar, ao ponto de o sentir íntimo e inseparável de mim, numa abertura do espírito-coração a tudo e todos.
Repensamos os fundamentos da actual civilização à luz de uma consciência e de uma ética globais e de um novo paradigma cultural e civilizacional. Fazemos a crítica de um ciclo antropocêntrico e especista, em que o ser humano se imaginou o centro e o dono do planeta e que, na sua deriva produtivista-consumista, se aproxima de uma crise terminal: pelo esgotamento dos recursos naturais e dos combustíveis fósseis, pela destruição da biodiversidade e da diversidade cultural, pela crescente injustiça económica e social, pelo galopante mal-estar espiritual e existencial e pelo avolumar do sofrimento gerado na comunidade dos seres vivos, humanos e não-humanos. Defendemos que a desconsideração e instrumentalização do outro, humano, animal ou natureza, dê lugar a uma cultura do cuidado e do empenho no bem comum a todos os seres vivos, aos ecossistemas e ao planeta, como um todo inseparável. Estamos convictos de que a suprema potencialidade do ser humano só se realiza na realização desse bem comum a tudo e todos, mediante o alargamento da noção bíblica de “próximo” - “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” - a todos os seres dotados de consciência, sensibilidade e vida, como humanos, animais e a seu modo as plantas, ou viventes e existentes, como a terra e o céu, as montanhas, os rios e os mares. O meu próximo é todo aquele e tudo aquilo de quem eu for capaz de me aproximar, ao ponto de o sentir íntimo e inseparável de mim, numa abertura do espírito-coração a tudo e todos.