Um casal, Jan e Sanne, conhece outro casal, Benedikte e Verner, num hotel isolado, durante umas férias de Verão. Ano após ano, voltarão a esse hotel, sem que fiquem alguma vez nítidas as fronteiras entre o convívio, a confissão e o confronto. E, entretanto, as suas vidas cruzam-se fora do tempo de férias. Comédia agreste, A Praia é uma obra maior de um grande dramaturgo contemporâneo.
«Vou-lhe dizer que pardieiro é este onde veio parar. Aqui não se faz a ponta de um corno. Não há música nem sítios aonde ir. Se quiser momentos de diversão, tem de os inventar você. Há a praia, onde se encontra âmbar que depois pode levar para casa. Temos a casa cheia de âmbar. Pedacinhos de âmbar por todo o lado. […] O gerente toma conta do hotel sozinho, e a comida e o serviço não são nada do outro mundo. A única coisa boa deste sítio é que não há crianças. As crianças haviam de morrer de tédio se passassem cá as férias. Os poucos hóspedes que aqui aparecem são sempre esquisitos e preferem manter-se isolados. Mais café?»
Um casal, Jan e Sanne, conhece outro casal, Benedikte e Verner, num hotel isolado, durante umas férias de Verão. Ano após ano, voltarão a esse hotel, sem que fiquem alguma vez nítidas as fronteiras entre o convívio, a confissão e o confronto. E, entretanto, as suas vidas cruzam-se fora do tempo de férias. Comédia agreste, A Praia é uma obra maior de um grande dramaturgo contemporâneo.
«Vou-lhe dizer que pardieiro é este onde veio parar. Aqui não se faz a ponta de um corno. Não há música nem sítios aonde ir. Se quiser momentos de diversão, tem de os inventar você. Há a praia, onde se encontra âmbar que depois pode levar para casa. Temos a casa cheia de âmbar. Pedacinhos de âmbar por todo o lado. […] O gerente toma conta do hotel sozinho, e a comida e o serviço não são nada do outro mundo. A única coisa boa deste sítio é que não há crianças. As crianças haviam de morrer de tédio se passassem cá as férias. Os poucos hóspedes que aqui aparecem são sempre esquisitos e preferem manter-se isolados. Mais café?»